Dados do Trabalho
Título
O MANEJO DE CONTINGENCIAS COMO PRATICA ALTERNATIVA A ABSTINENCIA INVOLUNTARIA PARA DEPENDENTES QUIMICOS EM ALCOOL: UMA REVISAO BIBLIOGRAFICA
Resumo
Uma pesquisa feita pela Fiocruz com 153 milhões de brasileiros(as), em 2017, apontou que 1,5%, ou seja, 2,3 milhões das pessoas apresentaram dependência em álcool. O manejo de contingências tem sido investigado como um possível tratamento para esse tipo de dependência. A partir do monitoramento do comportamento de consumir álcool, os procedimentos de reforçamento positivo e punição negativa são empregados com o objetivo de alterar a frequência da classe de comportamentos de ingerir bebida alcoólica. Tendo isso em vista, o presente trabalho teve como objetivo fazer uma revisão sistemática dos estudos analítico-comportamentais sobre o uso de manejo de contingências para o tratamento da dependência em álcool. Foi realizada uma busca por pesquisas experimentais indexadas na base de dados PubMed, cuja variável independente fosse o manejo de contingências e a variável dependente o uso abusivo de álcool. Foram encontradas quatro pesquisas: Brigham et al. (1981), Barnett et al. (2011), McDonell et al. (2017) e Koffarnus et al. (2018). Os seguintes elementos de cada publicação foram examinados: objetivo, delineamento, participantes, procedimentos, medidas de dependência em álcool e resultados. Os estudos buscaram investigar a eficácia do manejo de contingências para a redução do uso abusivo de álcool com participantes de diferentes sexos, idades e etnias. Para tanto, usaram contingências de reforçamento positivo e punição negativa e avaliaram os seus efeitos por meio de delineamentos de grupo e de caso único, a partir de medidas verbais e não verbais. Os resultados demonstraram a eficácia da intervenção, o seu direcionamento ético, mesmo ao sobrepor contingências de punição negativa a contingências de reforçamento positivo, e o seu rigor metodológico, característico da Análise do Comportamento. O manejo de contingências é uma estratégia alternativa às práticas proibicionistas e pode ser uma opção ao se planejar políticas públicas mais humanitárias para dependência química.
Palavras chave
manejo de contingências, dependência química, alcoolismo
Minicurrículo do proponente
Cursando Psicologia pela Universidade PUC SP, com previsão de término para o ano de 2020. Domínio avançado do idioma inglês, vivência no ambiente de escritório adquirida por duas contratações temporárias de 20 dias cada nos anos de 2016 e 2017, desempenhando funções em recrutamento e seleção; experiência de 10 meses na escola Beit Yaacov durante o ano de 2018, como estagiária em auxiliar de classe, com crianças de 1 a 2 anos. Estágios obrigatórios, de 6 meses cada, ao longo do ano de 2019, em psicodiagnóstico na clínica da PUC, em grupos de saúde no Centro de Acolhida Amparo Maternal, em educação no CEI Mãe Salvador, e em saúde mental do(a) trabalhador(a) no Sindicato dos Bancários. Integrante da Comissão Organizadora do Encontro de Análise do Comportamento da PUC-SP em 2018 e em 2019; formação extracurricular em acompanhamento terapêutico e estágio supervisionado de seis meses, no ano de 2019, com cliente diagnosticado com esquizofrenia e dependente químico de cocaína; participação do PET SAÚDE no ano de 2019, trabalhando semanalmente com grupo no modelo de Gestão Autônoma de Medicação, no CAPS AD da Brasilândia.
Perfil do público alvo
Intermediário
População envolvida
Adultos(as), adolescentes, grupo
Área
Saúde
Categoria
Pesquisa Teórica
Autores
GABRIELA SILVA COSTA, JOÃO MANOEL RODRIGUES NETO, AMILCAR RODRIGUES FONSECA JÚNIOR