XXIX Encontro Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental 2020

Dados do Trabalho


Título

EFEITO DE PROCEDIMENTO COM REFORÇAMENTO DIFERENCIAL DE OUTRAS RESPOSTAS PARA DESSENSIBILIZAÇAO NO USO DE MASCARAS FACIAIS EM CRIANÇAS COM TEA

Resumo

O presente estudo utilizou reforçamento diferencial de outas respostas (DRO) para aumentar a tolerância no tempo de uso de máscaras faciais em crianças com TEA. Participaram três crianças entre 4 e 9 anos. Realizou-se as sessões nas casas dos participantes, pelos cuidadores acompanhados por um profissional. O procedimento consistiu em três fases: (1) Linha de base, registrou-se se a criança: (a) pega a máscara (b) coloca no rosto com elásticos atrás das orelhas (c) quanto tempo permanece. Depois, o instrutor colocava a máscara no rosto da criança, com os elásticos por trás da orelha e registrava o tempo a criança permanece com a máscara; (2) Intervenção: As tentativas foram registradas de três formas: incorreta, correta com ajuda e correta independente. Foram consideradas tentativas incorretas quando o participante apresentava respostas de choro, tentativa de tirar ou não permanecer com a máscara pelo tempo determinado pelo critério. A tentativa iniciava quando o cuidador apresentava a máscara e dava a instrução: “coloque a máscara”. Depois, o adulto ajudava a criança com ajuda física total a colocar a máscara e retirava após três segundos. Assim que retirava do rosto da criança, fornecia reforçador de alta magnitude. Após 100% de tentativas corretas com critério independente aumentava-se o critério de tempo de permanência; (3) Follow-up: após encerramento do treino verificou-se a permanência com a máscara por até 30 minutos em cinco saídas de casa por 15 dias. Os resultados demonstraram que na linha de base nenhum participante colocou a máscara, na intervenção o procedimento foi eficaz para dessensibilização do uso de máscara facial para todos os participantes. No follow-up houve permanência em 100% das tentativas. Discute-se a necessidade de replicação e a possibilidade de realizar sondas intermitentes para determinar os critérios de aumento de tempo, para diminuir a quantidade de sessões de intervenção.

Palavras Chave

DRO; Máscaras Faciais; Dessensibilizaçao;

Minicurrículo do proponente

Isabela Martins Siqueira

Graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (2016),

Especialização em Clinica Analítico Comportamental pelo Instituto Goiano de Analise do Comportamento (2018)

Mestranda em Analise do Comportamento Aplicada pelo Paradigma Centro de Ciências e Tecnologia do Comportamento (em curso).

Trabalhou como Acompanhante Terapêutica com crianças com desenvolvimento típico em escola entre os anos de 2013-2015

Atualmente trabalha no Núcleo de Incentivo Comportamental (NIC) como Acompanhante Terapêutica em atendimentos residenciais e na clinica.

População envolvida

Crianças no Transtorno do Espectro Autista

Perfil do público alvo

Estudantes, Profissionais da Saúde, Profissionais da Educação, Pais e Cuidadores.

Área

Transtorno do Espectro do Autismo

Instituições

Nucleo de Incentivo Comportamental - NIC - São Paulo - Brasil

Autores

ANA LUIZA COSTA RONCATI, ISABELA MARTINS SIQUEIRA