XXIX Encontro Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental 2020

Dados do Trabalho


Título

O CONSUMO DE AGUA E AGUA COM SACAROSE EM RATOS SUBMETIDOS AO PROTOCOLO DE ESTRESSORES E A DIFERENTES REGIMES DE PRIVAÇAO

Resumo geral

Anedonia é um sintoma central para o diagnóstico de depressão em humanos, descrita no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) como um déficit na capacidade de sentir prazer e interesse pelas coisas. O Chronic Mild Stress (CMS) foi proposto como um modelo animal de anedonia por Willner, Towell, Sampson, Sophokleous e Muscat (1987) ao verificarem que, após serem expostos a um conjunto de estímulos estressores moderados e incontroláveis, os indivíduos apresentavam um decréscimo no consumo de água adocicada. Entretanto, alguns estudos têm encontrado dificuldade em replicar os resultados relatados por Willner et al. (1987). Diferenças metodológicas referentes à privação, à linha de base e à sensibilidade de cada organismo a água com sacarose podem ser algumas das variáveis responsáveis pela discrepância nos resultados encontrados. O presente trabalho teve como objetivos: (1) avaliar os efeitos da submissão ao Protocolo de Estressores (PE) sobre o consumo de água e de água com sacarose sob diferentes regimes de privação e (2) avaliar os efeitos do PE sobre o consumo semanal de ração na gaiola-viveiro. Foram utilizados 16 ratos machos da raça Wistar, experimentalmente ingênuos. Quando os sujeitos completarem 90 dias de vida, foi realizado o primeiro teste de consumo de água com sacarose colocando-se na gaiola viveiro uma garrafa contendo duas gramas de sacarose diluída em 98 ml de água (100 ml de solução água-sacarose) durante uma 1 hora. Sete dias após o primeiro teste, um segundo teste foi realizado seguindo a mesma rotina. Todos os testes foram realizados no mesmo horário e dia da semana. Sete dias após o segundo teste com uma garrafa, foi realizado o primeiro teste com duas garrafas, uma contendo 100 ml de água e a outra 100 ml de solução água-sacarose com o objetivo de avaliar a preferência dos animais. Os testes com duas garrafas foram realizados semanalmente até o final do experimento num total de 13 testes (4 antes, 6 durante o PE e 3 depois). O consumo dos líquidos foi calculado levando em consideração a quantidade disponibilizada e a sobra após 1 hora. Os sujeitos foram distribuídos de forma aleatória em quatro grupos de igual tamanho. Os sujeitos do Grupo 1 foram os únicos que não foram submetidos ao PE e foram divididos em dois subgrupos: Grupo 1 23h - dois sujeitos foram submetidos à privação de 23h de água e de ração antes dos testes semanais de consumo e Grupo 1 85% - dois sujeitos foram submetidos à privação contínua de água para manter seus pesos a 85% ad lib. a partir de 90 dias de vida, permanecendo sob essa privação ao longo de todo o estudo. Os sujeitos do Grupo 2 foram submetidos à privação de 23h de água e de ração antes dos testes de consumo + privação como componente do PE. Os sujeitos do Grupo 3 foram submetidos à privação de 23h de água e de ração antes dos testes de consumo + privação como componente do PE + 85% ad lib. Os sujeitos do Grupo 4 foram submetidos à privação contínua de água a 85% ad lib. Os resultados mostraram que os pesos dos sujeitos variaram a depender do tipo de privação à qual foram submetidos. Independentemente do tipo de privação, o consumo de solução água-sacarose foi maior que o consumo de água nos testes realizados antes, durante e após o PE. Ao contrário do que prevê o Modelo do CMS proposto por Willner et al. (1987) a submissão ao PE foi acompanhada de um aumento no consumo de solução água-sacarose. Por outo lado, o consumo semanal de ração na gaiola-viveiro antes, durante e depois do PE mostrou-se significativamente diferente para os sujeitos do Grupo G4 (p=0,018) com valores inferiores em vigência do PE, replicando os dados encontrados por Silva e Malerbi (2018) e fortalecendo a proposta de que essa medida seja uma alternativa à preferência de líquidos nos testes de consumo para avaliar os efeitos do PE, pelo menos em ratos privados de água num regime que os mantêm a 85% dos seus pesos ad lib. e que não são submetidos à privação de água e de ração como componentes do protocolo de estressores.

Palavras-chave: Análise do Comportamento, Privação, Sacarose, Protocolo de Estressores e Preferência

Resumo participante 1

Prezado(a), parecerista.

O presente trabalho foi enviado erroneamente como sessão coordenada, o mesmo é aplicável à comunicação oral.
Desse modo, não temos resumo dos demais participantes. Entrei em contato com a comissão científica e aguardo um retorno.

Atenciosamente,

Paulo Eduardo da Silva

Resumo participante 2

Prezado(a), parecerista.

O presente trabalho foi enviado erroneamente como sessão coordenada, o mesmo é aplicável à comunicação oral.
Desse modo, não temos resumo dos demais participantes. Entrei em contato com a comissão científica e aguardo um retorno.

Atenciosamente,

Paulo Eduardo da Silva

Resumo participante 3

Prezado(a), parecerista.

O presente trabalho foi enviado erroneamente como sessão coordenada, o mesmo é aplicável à comunicação oral.
Desse modo, não temos resumo dos demais participantes. Entrei em contato com a comissão científica e aguardo um retorno.

Atenciosamente,

Paulo Eduardo da Silva

Resumo participante 4

Prezado(a), parecerista.

O presente trabalho foi enviado erroneamente como sessão coordenada, o mesmo é aplicável à comunicação oral.
Desse modo, não temos resumo dos demais participantes. Entrei em contato com a comissão científica e aguardo um retorno.

Atenciosamente,

Paulo Eduardo da Silva

Resumo participante 5

Prezado(a), parecerista.

O presente trabalho foi enviado erroneamente como sessão coordenada, o mesmo é aplicável à comunicação oral.
Desse modo, não temos resumo dos demais participantes. Entrei em contato com a comissão científica e aguardo um retorno.

Atenciosamente,

Paulo Eduardo da Silva

Minicurrículo do proponente

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Nove de Julho - Uninove (2008-2013), Mestrado em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2013-2015) e Doutorado em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2015-2020). Foi supervisor de estágio clínico em Análise do Comportamento na Universidade Ibirapuera (04/2018 a 12/2018) e professor, orientador, supervisor de estágio clínico e membro do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) na Universidade Paulista (03/2018 a 12/2019). Atualmente é professor e supervisor de estágio clínico na Universidade Anhembi Morumbi. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Análise do Comportamento, atuando principalmente nos seguintes temas: Behaviorismo Radical, Análise do Comportamento, Chronic Mild Stress, Modelos animais de psicopatologia, Incontrolabilidade e terapia analítico-comportamental. É Membro associado da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC).

População envolvida

Dezesseis ratos machos da raça Wistar, experimentalmente ingênuos, provenientes do laboratório de Psicologia Experimental da PUC-SP.O presente trabalho foi aprovado pelo CEUA (Comitê de Ética e no Uso de Animais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Número do processo: nº 0018/16.

Perfil do público-alvo

Pesquisa básica, modelos experimentais, depressão, behaviorismo radical

Área

Processos Comportamentais Básicos

Instituições

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP - São Paulo - Brasil, Universidade Anhembi Morumbi - São Paulo - Brasil

Autores

PAULO EDUARDO SILVA, FANI ETA KORN MALERBI