XXIX Encontro Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental 2020

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DE HABILIDADES MATEMÁTICAS EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Resumo

O trabalho verificou a aplicabilidade do Protocolo de Registro e Avaliação das Habilidades Matemáticas (PRAHM) em crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA). A matemática é uma disciplina de difícil aprendizagem por crianças em geral, inclusive para aqueles com TEA. Uma das bases para seu ensino é oferecida pela Análise do Comportamento, analisando as condições de ensino e de organização de arranjos ambientais específicos para estes alunos. Nesta pesquisa, utilizou-se o PRAHM, que avalia conteúdos de pré-aritmética (maior, menor, igualdade, mais e menos), contagem e medida, produção de sequências e reconhecimento de figuras geométricas, constituindo fundamentos da alfabetização matemática. O protocolo foi aplicado a 18 participantes, com idade variando entre 4 a 12 anos e diagnóstico de TEA. Doze participantes tinham comunicação verbal e nenhuma outra deficiência associada, e dos demais, cinco apresentavam comunicação vocal parcialmente comprometida, sendo que dois deles tinham o diagnóstico de Paralisia Cerebral, e um sem comunicação vocal. Foram utilizadas fichas de papelão com numerais, quadrados, círculos e triângulos em EVA e barbante. Como resultado, cinco tiveram desempenho maior que 80%; sete, entre 50% e 80%; quatro, entre 30% e 50%; um, entre 10% e 30%; e nenhum abaixo de 10%. Para o participante que não apresentava comunicação vocal, não foi possível aplicar o PRAHM. Aqueles com pior desempenho tinham comprometimento da linguagem, o que pode afetar o desenvolvimento de habilidades matemáticas. Não foram constatadas dificuldades no manuseio do material concreto, evidenciando que seu uso compartilhe um potencial para uso com alunos com TEA. Destaca-se também que o PRAHM não demonstrou qualquer problema na sua aplicabilidade, utilizado como instrumento de avaliação do repertório de entrada dos aprendizes com TEA. Sugere-se como futuras pesquisas que sejam planejadas e realizadas alterações que permitam a aplicação do protocolo com alunos não vocais.

Palavras chave

Educação Especial. Habilidades Matemáticas. Transtorno de Espectro Autista. Análise do Comportamento.

Minicurrículo do proponente

Possui Doutorado em Educação Especial na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), também possui Mestrado em Educação Especial pela UFSCar e Licenciatura Plena em Matemática pela mesma universidade. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, atuando principalmente nos seguintes temas: educação especial, deficiência intelectual, inclusão e deficiência visual. Trabalha com Matemática Inclusiva, atuando principalmente no ensino de Matemática para pessoas com deficiência visual, e também possui experiência com o ensino de Matemática para pessoas com deficiência intelectual. Atualmente faz Pós-Doutorado em Educação Especial pela UFSCar.

Perfil do público alvo

Intermediário

População envolvida

O estudo possui 18 crianças, com idade variando de 4 a 12 anos, com idade média de 8,3 anos. Todos tinham diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), que foi informado pelos responsáveis ou pela instituição.

Área

Educação especial

Instituições

UFSCar - São Paulo - Brasil

Autores

AILTON BARCELOS DA COSTA, ALESSANDRA DANIELE MESSALI PICHARILLO, NASSIM CHAMEL ELIAS